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sábado, 24 de novembro de 2012

Ômega-3 : Panacéia sem efeitos colaterais?


Desconheço atualmente quem não saiba relatar pelo menos uma boa indicação do ômega-3. Afinal, alardeado por médicos, nutricionistas e apresentadores de televisão, esta "gota dourada de saúde" é o medicamento da moda dos últimos 3 anos. Assim como foi a "cartilagem de tubarão", o "óleo de linhaça", a "ração humana"....e porque não falar também do "elixir  paregórico" e da "coca-cola", esta lançada inicialmente em 1886 pelo farmacêutico John Pembertom.

A verdade é uma só: por trás dos supostos e reais benefícios destes produtos, há uma grande indústria que manipula o consumo desenfreado e indiscriminado de tais "medicamentos" pela população.
E a sociedade, na ânsia de saúde, da beleza e de retardar o envelhecimento ( afinal vivemos em uma era de culto aos jovens), rende-se ao apelo sobretudo midiático. "Omega-3: você ainda não tomou?! é ótimo!" diz uma apresentadora, "Combate o envelhecimento, reduz os triglicérides, tira suas dores e inflamações, diminui os ataques cardíacos e deixa você mais disposto! O que você está esperando? Tome agora!"...( Compre, compre, compre!!!)
Não faço aqui nenhuma apologia à "criminalização do uso do ômega -3"! Muito pelo contrário, creio em seus efeitos benéficos à saúde quando bem indicado e usado; entretanto, como quase todos os medicamentos, o seu uso é passível de efeitos colaterais...e muitos.

Bem, certamente você não verá isto alardeado na televisão. Distante dos consultórios médicos, será difícil alguém conseguir falar sobre os efeitos colaterais do ômega-3. " É um remédio natural, não é Dra.? Comprei  6 caixas na promoção da televisão, não faz mal nenhum."
Há meses comecei a ficar intrigada com a incidência crescente de dispepsia (má-digestão), crises de gastrite e diarréia entre os meus pacientes, sobretudo entre os idosos. E em uma anamnese dirigida a resposta era quase sempre a mesma: " Sim, dra. Comecei a tomar 3 cápsulas de ômega-3  por dia." O tratamento para tais problemas digestivos era sempre efetivo: suspender e/ou diminuir o uso do medicamento.

Desta forma, elenco aqui alguns dos efeitos colaterais comumente encontrados ao uso do ômega-3:


  • Intoxicação por metais pesados
  • Diarréia
  • Dispepsia (arrotos, náuseas, má-digestão, dor abdominal, gases aumentados e empachamento)
  • Gosto amargo na boca (peixe)
  • Reações alérgicas (prurido e erupções cutâneas)
  • Ganho de peso
  • Cefaléia
  • Sangramentos e tendência a sangramento ( principalmente em pacientes que usam  medicamentos anticoagulantes/antiagregantes plaquetários)
  • Elevações dos níveis de LDL Colesterol
  • Sobrecarga metabólica e aumento das enzimas hepáticas
  • Interações com outros medicamentos em uso

À tempo, pesquisa publicada pelo Instituto Nacional do Câncer Americano - Washington, em julho de 2013, demonstra que  os homens que consomem suplementos de ômega-3 têm maior probabilidade de desenvolver câncer de próstata. O estudo destaca ainda que este risco é da ordem de 71%.
"Demonstramos, mais uma vez, que o uso de suplementos nutricionais pode ser prejudicial", disse Alan Kristal, pesquisador do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa do Câncer e principal autor do artigo.

Você já tinha ouvido falar sobre isto?

Bem, busco com este artigo alertar a população para o risco da automedicação. Nada com a alcunha de "natural" é desprovido de efeitos colaterais. Até mesmo a Água em quantidade excessiva pode levar o indivíduo à morte por intoxicação hídrica.
Não use medicamentos, suplemento alimentares e vitaminas sem a adequada orientação de seu médico.
E lembre-se: mais do que em "pílulas mágicas", a saúde está na prática de uma alimentação saudável, atividade física, na prevenção de doenças (visitas regulares ao médico) e no equilíbrio da mente.  

Abraços a todos!


Não se automedique, cada organismo é único. O que faz bem para uma pessoa talvez possa lhe causar problemas de saúde.

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 18% das mortes por envenenamento se devem à automedicação.  
O Brasil está entre os 5 maiores consumidores de medicamentos do mundo e a facilidade em adquirir remédios sem prescrição médica e o baixo controle das propagandas de produtos farmacêuticos ajudam a explicar a presença do País neste ranking.





sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Síndrome do esgotamento profissional: "Burnout"





“Burnout" ou a expressão "queimar até a exaustão”, vem do inglês burn = queima e out = exterior. Foi assim denominada pelo psicanalista Herbert Freudenberger,
em 1974, quando escreveu um artigo sobre a doença. Freudenberger a
diagnosticou em si mesmo.
Trocando em miúdos, podemos dizer que essa é a SÍNDROME DO 
ESGOTAMENTO PROFISSIONAL: um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes por algum período de tempo. Não apenas circunstancial.


É um fato que algumas profissões estão mais sujeitas do que outras a ter
profissionais apresentando sintomas de Burnout. São profissões caracterizadas
por uma maior dedicação emocional e abnegação, como professores, médicos, enfermeiros, bombeiros, seguranças. Enfim, pessoas que trabalham muitas vezes
em seu limite de conforto e bem-estar, que acabam abrindo mão de descanso, 
lazer e contato social para garantir seu bom desempenho.



Então, após ser identificada, rapidamente a nova síndrome - denominada no
artigo como “Staff Burnout" conquistou a curiosidade dos médicos e 
pesquisadores dos Estados Unidos, que passaram a analisá-la e pesquisá-la. Posteriormente, por todo o mundo, a doença foi estudada e diagnosticada.
Mas, aonde quer que o  sofrimento dos trabalhadores não era identificado 
e tratado como tal,  o problema persistia.



Este transtorno mental é registrado Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), no grupo V.


Os sintomas surgem no indivíduo sofre pressões no trabalho devido às metas, cobranças, assédio moral (ameaça de demissão; discriminação dos 
colegas etc).É possível identificar na história do paciente (investigação médica),
que os agentes estressores estão relacionados ao tragalho.  Estes são muitos 
e vão desde o atendimento ao púbico até risco de violência. Algumas vezes,
estão relacionados com a falta de vocação para a atividade exercida. Mas,
em geral não. O transtorno pode surgir mesmo quando a pessoa escolheu, tinha vocação para a atividade.


Os sintomas surgem como um conjunto de ansiedade e depressão. Além de
sintomas físicos. Todos eles relacionados à profissão, ao trabalho:

  •  crises de pânico;
  •  desânimo,
  •  momentos de choro;
  •  tonteiras,
  •  dores de cabeça;
  •  depressão;
  •  ansiedade generalizada;
  •  dificuldade de concentração;
  •  fadiga extrema;
  •  sofrimento e ansiedade antes de ir ao trabalho;
  •  sensação de esgotamento físico e emocional;
  •  agressividade sem motivo aparente;
  •  tendência ao isolamento;
  •  mudanças bruscas de humor;
  •  lapsos de memória;
  •  baixa estima;
  •  sudorese;
  •  pressão alta;
  •  palpitações,
  •  insônia,
  •  crises de asma;
  •  enxaqueca;
  •  diarréias;
  •  gastrites, entre muitos outros.



Pela descrição dos sintomas que são inúmeros, o transtorno não é facilmente diagnosticado e pode ser tratado como uma ansiedade, depressão ou
quaisquer das patologias citadas.



O interessante é notar que todos os sintomas são uma forma do trabalhador
ausentar-se da sua atividade laborativa, sendo fundamental ressaltar que os
sintomas não são "simulados”, São sintomas genuínos.


COMPORTAMENTO GERA MAIS PERDAS

O comportamento dos portadores da Síndrome de Burnout  de baixa auto-estima 
e perda da auto-confiança pode inclusive gerar consequências mais graves e 
mais perdas - que podem levá-lo ao uso de drogas, álcool, aumento do uso de 
cigarros. Os pacientes são mais vulneráveis a sofrer acidentes devido aos 
sintomas, gerando perdas.


Em geral, o indivíduo apresenta os seguintes quadros:



Exaustão Emocional - o trabalhador percebe perfeitamente essa condição, suas energias se esgotam e ele não consegue mais forças e não sabe de onde
tirá-las;



Não Envolvimento no Trabalho - a diminuição do prazer no trabalho afeta a 
eficiência e a capacidade de realizar certas tarefas;


Autoimagem Negativa - o indivíduo desenvolve imagens negativas e autodestrutivas
de si mesmo e tenta compensar junto às pessoas com perda de sensibilidade 
afetiva.


DIAGNÓSTICO

Para realizar o diagnóstico da Síndrome de Burnout é preciso avaliar o histórico do indivíduo, levando em consideração a sua relação com o trabalho que exerce.


Também pode ser de grande auxílio o exame psicométrico - para avaliar o funcionamento psíquico e o comportamento individual do paciente. Ainda podem ser utilizadas respostas psicométricas em questionários baseados na Escala Likert 
(que é um tipo de escala de resposta psicométrica usada em questionários).

No entanto, a confirmação do diagnóstico é feita pelo médico psiquiatra.






HÁ CULPA?

As empresas que não incentivam seus funcionários a investirem na qualidade do ambiente de trabalho registram um número maior de licenças médicas causadas por sintomas físicos e psiquiátricos.


É necessária uma política de estímulo ao funcionário que pode ser realizada através 
de um pedagogo empresarial Inclusive assessorando a se adaptar à função que ele realmente se sinta "integrado" à empresa. Deve-se levar em consideração fatores como a competência na atuação (colocar em prática as habilidades do funcionário); competência técnica (incentivando o trabalhador a realizar projetos individuais); competência para a autoaprendizagem (estímulo à busca de autoconhecimento para
 a melhoria da performance, como cursos, workshops e afins); e competência social (fomentar os trabalhos em equipe).



Assim, lucra o empregador com a frequência do funcionário e lucra o funcionário, com
 a satisfação no ambiente de trabalho.


TRATAMENTO

Diante da suspeita de Síndrome de Burn-out, não se desespere. Procure um psiquiatra. Confirme o diagnóstico. Siga regularmente o tratamento. Geralmente, se associa medicamentos e psicoterapia. Cada caso deve ser avaliado individualmente. 


Além disso, o esgotamento para o trabalho pode ser temporário e na maioria dos casos restringe a um tipo de atividade apenas. Assim, pode orquestrar uma relocação ou uma nova capacitação profissional, ao invés de entender o paciente como plenamente incapaz.









sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tratamento Clínico e Cirúrgico da Retocolite Ulcerativa



A Retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que acomete a mucosa colorretal com intensidade e extensão variadas.
Os sintomas mais frequentes são a diarréia crônica mucossanguinolenta, associada a dor abdominal e tenesmo. Anorexia , naúseas, vômitos, febre, astenia, desidratação, anemia e emagrecimento são manifestações gerais consequentes. Não raro, encontramos concomitantemente manifestações a distância (extra-intestinais) próprias do quadro, como artrite, aftas, glomerulonefrite, eritema nodoso, acometimento ocular (irite), pancreatite, esteatose e cirrose hepática.

A RCU acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, afetando de forma variável a qualidade de vida dos pacientes e familiares. A doença está associada a um elevado custo social, pois tem um impacto direto relacionado com a falta na escola e no trabalho, a internações hospitalares e cirurgias.
No início, com apresentação clínica variável, a RCU pode evoluir para uma afecção quiescente ou até mesmo para uma doença crônica refratária de abordagem cirúrgica ou para complicações como o câncer colorretal. Há trabalhos que apontam uma taxa de até 20% de colectomias em 10 anos naqueles pacientes em uso da terapia convencional ( Langholz et al, 1994).

As publicações da última década afirmam que o tratamento da RCU deve ir além da remissão clínica (ausência dos sintomas) para se atingir um controle sustentado da inflamação através da cicatrização da mucosa. Com esta recente mudança no foco terapêutico, é nítida uma mudança na história natural da doença, observando-se uma diminuição do número de internações e do número de pacientes submetidos à cirurgia.
A avaliação do quadro clínico bem como da extensão e da gravidade da inflamação intestinal permitem a classificação dos pacientes em portadores de doença leve, moderada e grave. Esta classificação é importante pois norteará o planejamento da dose e da via de administração de medicamentos, necessidade de internação e cirurgias.

Os fármacos que fazem parte da terapia convencional são os aminossalicilatos, os corticóides, os imunossupressores e os antimicrobianos. Tal terapia está indicada para casos de RCU leves a moderados.
A terapia biológica constitui uma nova classe de medicamentos, que tem ação em vários pontos da cascata inflamatória e promove efetiva cicatrização da mucosa intestinal.
A terapia biológica é indicada na RCU moderada a grave e em pacientes intolerantes ou refratários à terapia convencional. Os medicamentos biológicos atualmente disponíveis para o tratamentos das doenças inflamatórias intestinais são os anti-TNFs. O Infliximabe, aprovado pela ANVISA em 2006, é o único anti-TNF liberado no Brasil para Retocolite Ulcerativa até o momento.
Atualmente há uma evidente correlação entre a obtenção da cicatrização da mucosa e a redução da recidiva clínica, necessidade do uso de corticóides, internações e cirurgias. Neste sentido, o Infliximabe mostra-se eficaz na indução da remissão da doença e na obtenção da cicatrização da mucosa em pacientes refratários à terapia convencional, sobretudo naqueles pacientes com fatores de gravidade tais como pancolite (acometimento de todo intestino grosso) e manifestações extraintestinais.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A falta do "CAFÉ DA MANHÃ" e seus riscos à saúde




Quem nunca saiu apressado de casa negligenciando o "café da manhã"?
A correria e as atribulações diárias fazem com que um número cada vez maior de pessoas prefiram dormir um pouco mais à fazer uma refeição equilibrada e tranquila. Mas qual seria o preço desta negligência que vem tornando-se um vício em muitas famílias?
Saiba você que são muitos os impactos negativos na saúde de pessoas que costumam "pular" o café da manhã:
  • Sobrepeso
  • Dificuldade de emagrecimento
  • Dislipidemias (níveis elevados de colesterol e triglicérides no sangue)
  • Alterações glicêmicas
  • Gastrite e úlceras
  • Dificuldade de concentração e memória
  • Astenia
Assim que acordamos, necessitamos de "combustível" para retomar as atividades e iniciar um dia com plena capacidade e disposição.
Enquanto dormimos o corpo continua funcionando e, com isso, as reservas energéticas ficam diminuídas.
Entre a última refeição do dia e a primeira (desjejum), há um longo período de jejum. Isso significa que o organismo, depois de esgotada a principal fonte de energia, a glicose, passa a utilizar o glicogênio estocado, principalmente no fígado.
Pela manhã, ao acordar, é necessário fornecer energia para que sejam repostas as perdas noturnas e para que o metabolismo se reestabeleça. Isso significa que o café da manhã fornecerá, entre outros nutrientes, carboidratos para que possam ser realizados os trabalhos do dia a dia, influindo no rendimento diário.
Para quem deseja emagrecer, é bom ficar atento! Tomar o café da manhã está associado à diminuição da fome nas refeições seguintes o que reduz o risco de comer excessivamente no meio do dia. Além disso, pessoas que costumam fazer o desjejum logo que acordam têm mais chances de manter ou controlar o peso.  
É por isso que o desjejum, comumente denominado de café da manhã, é uma das três principais e importantes refeições do dia. Com a harmonia entre nutrientes essenciais e energia, ele oferece o que nosso organismo necessita para trabalhar bem, garante o bom humor pela manhã e a disposição para os exercícios. E ainda, como melhora a atenção e a concentração, favorece o trabalho e os estudos.
O café da manhã ideal e equilibrado para qualquer faixa etária deve ter sua composição nutricional em torno de 15% a 30% do valor energético total consumido diariamente, e ser composto com uma porção de cada grupo alimentar – carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e minerais. A refeição deve ser feita em até duas horas após acordar.

Aqui vão algumas dicas para um desjejum saudável:
  • Troque os carboidratos refinados, de farinha branca, pelos integrais – pães, biscoitos, cereais, granola, torradas, massas –, que oferecem mais fibras e antioxidantes para a dieta. Além de auxiliar no bom funcionamento intestinal, retardam o esvaziamento gástrico, aumentando a sensação de saciedade.
  • Leite e derivados fornecem proteínas (responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos) e cálcio, que atua na contração muscular e na regulação de hormônios e anticorpos. Dê preferência ao leite desnatado e aos queijos claros, como ricota, cottage e do tipo minas.
  • Evite o consumo frequente de embutidos. Caso queira incluí-los no café, opte por peito de peru ou blanquet.
  • Margarina x manteiga: a manteiga é um alimento de origem animal e possui alto teor de gordura saturada, que é prejudicial à saúde. Já a margarina, possui um teor reduzido deste tipo de gordura e pode ser consumida com moderação.
  • Frutas e sucos de frutas naturais fornecem vitaminas e minerais, responsáveis pelo bom funcionamento do intestino, evitando a prisão de ventre, além de controlar a absorção de nutrientes.
  • Para aqueles que não conseguem tomar café da manhã em casa, leve ao trabalho lanches reforçados e equilibrados: duas fatias de pão integral com folhas de alface, tomate ou cenoura ralada e queijo branco, frutas inteiras, iogurtes desnatados e barras de cereais.
Você faz um "café da manhã" adequado?
Esta pergunta é respondida negativamente por cerca de 45% da população.

Mude sua história: viva mais, com saúde e qualidade de vida! 


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Câncer Colorretal : prevenção é nossa meta!


O que é o Câncer de Intestino ?
O câncer de intestino grosso, também chamado de tumor do cólon e do reto ou colorretal, é uma doença que pode ser evitada.


Trata-se de um dos tumores mais frequentes entre homens e mulheres do mundo ocidental e quando descoberto tardiamente pode ser fatal. Quase metade dos pacientes com este câncer ainda morre em menos de 5 anos após o tratamento. Por isto é tão importante a sua detecção precoce, quando a possibilidade de cura é grande.




O que é detecção precoce?
É encontrar o câncer de intestino em uma fase bastante inicial, quando pode ser curado por meio de cirurgia. Em casos mais avançados ainda há possibilidade de cura, porém tornam-se necessárias cirurgias maiores e associação de quimioterapia e/ou radioterapia.


Quando detectado no início, a sobrevida ultrapassa 90%.




Como evitar o aparecimento do câncer de intestino?
O câncer de intestino grosso ( cólon e reto ) é facilmente evitável. Quase sempre ele se inicia através de um pólipo que cresce na parede do intestino e que pode se transformar em câncer com o passar do tempo. Quando um pólipo é retirado do intestino durante o exame de colonoscopia, estamos impedindo que ele venha a se transformar em câncer, sem necessidade de cirurgias.




O que são pólipos?
Pólipos são lesões benignas que se desenvolvem na mucosa do intestino grosso de algumas pessoas. Geralmente não causam sintomas e só são descobertos quando é realizado o exame de colonoscopia ou raio-X contrastado do intestino ( enema opaco ).


Através da colonoscopia, o pólipo pode ser retirado e examinado para saber se já se transformou em câncer, se tem tendência para malignizar-se ou trata-se apenas de uma lesão benigna.



Quais os fatores de risco para o câncer de intestino?
  •  Idade maior de 50 anos torna qualquer pessoa mais sujeita ao aparecimento deste câncer.
  •  Parentes de primeiro grau com câncer colorretal
  •  História pessoal ou familiar de pólipos intestinais
  •  Doenças inflamatórias crônicas intestinais: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa
  •  Consumo excessivo de bebidas alcoólicas e gordura animal
  •  Alimentos com corantes artificiais, embutidos e defumados podem aumentar esse risco
  •  Tabagismo
  •  Obesidade
  •  Sedentarismo


Quais são os principais exames que podem ser feitos para o rastreamento do câncer colorretal?


O exame mais importante para a detecção precoce do câncer de intestino grosso e, sobretudo do reto, é o exame proctológico.


Este exame consiste no toque retal e na retossigmoidoscopia, que é o exame da região mais baixa do intestino. Quando adequadamente realizado, grande número desses tumores pode ser identicado quando presentes.


O exame proctológico deve ser complementado nos indivíduos de risco, ou em todos com sintomas intestinais, pelo exame colonoscópico.




O que é colonoscopia?


É o exame realizado por dentro de todo o intestino grosso, com visão direta. Permite fazer coleta de material para biópsia ou a retirada de pólipos.


O exame requer um preparo para limpeza adequada do intestino e leve sedação anestésica.




Quais são os sintomas do câncer de intestino?
Os tumores do intestino , em geral, crescem de forma silenciosa. Os sintomas só aparecem quando estão mais desenvolvidos.


Consulte o médico sempre que observar os seguintes sintomas:




- Sangramento anal
- Sangue nas fezes
- Muco ( catarro ) nas fezes
- Alteração do hábito intestinal: diarréia, constipação ou alternância.
- Vontade frequente de evacuar, com sensação de evacuação incompleta ( empuxos)
- Dor ou desconforto abdominal
- Fraqueza
- Anemia
- Sensação de gases ou distensão abdominal
- Perda de peso sem causa aparente




Se você apresentar algum destes sintomas acima, procure um médico imediatamente.




Importante: Nem todo sangramento pelo ânus é causado por hemorróidas. Hemorróidas não causam câncer, porém podem confundir o diagnóstico.




Como e quando ser examinado?
Se você pertence ao grupo de risco normal, isto é NÃO tem antecedentes já mencionados para câncer, deve ser examinado a partir dos 50 anos , e fazer:


- Pesquisa de sangue oculto nas fezes, anualmente.


- Exame proctológico com retossigmoidoscopia; repetir a cada 5 anos.


A partir dos 60 anos, acrescentar:


- Colonoscopia ( preferivelmente ) ou enema opaco


* Se você pertence ao grupo de risco aumentado, isto é, quando tem antecedente pessoal ou familiar de câncer colorretal, deve iniciar o rastreamento aos 40 anos, ou antes, incluindo colonoscopia.




O que pode ser feito para se evitar o câncer colorretal?
Além dos exames de ratreamento nas idades adequadas, alimentação e estilo de vida saudáveis são muito importantes.


As fibras diminuem a chance de aparecimento do câncer colorretal de maneira dose-dependente. Existem estudos que sugerem uma diminuição de 50% do risco em indivíduos com dita rica em fibras comparado àqueles com menor ingestão.


Uma dieta que inclua legumes, verduras cruas, frutas e cereais em quantidade, fornece uma boa fonte de fibras, assim como outros nutrientes essenciais a uma boa saúde.


É recomendado que você ingira pelo menos 25 a 30g de fibras por dia, cerca de duas xícaras e meia de frutas/verdura/cereais ao dia. O uso de suplementos alimentares com fibras também pode ajudá-lo a atingir esta meta.
Diminua o consumo de gordura e álcool. Não fume.



Leia Mais: Rastreamento de Câncer Colorretal em Pessoas Assintomáticas
Acesse: http://saudedigestiva.blogspot.com/2011/03/rastreamento-de-cancer-intestinal-em.html

Avalie o seu risco para Câncer Intestinal


Seus pais, seus avós e seus tios sempre cuidaram da sua saúde.
Agora você vai lembrá-los o quanto é importante cuidar da deles, também.
Compartilhe um dos nossos conselhos com a sua família e faça parte do Movimento 
#vaipormim

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Alerta: O Sedentarismo também mata!


A atividade física sempre foi defendida para se manter saudável e retardar o aparecimento de doenças. Uma recente pesquisa americana, realizada em 122 países, foi muito além dessa verdade incontestável, trazendo um forte alerta: a inatividade física mata. Ela é mais letal do que o tabagismo.
De acordo com o estudo, o tabaco causou 5,1 milhões de vítimas fatais no mundo em 2008. Já o sedentarismo respondeu por 5,3 milhões de mortes. A inatividade seria responsável por 6% das doenças coronarianas, 7% das diabetes tipo 2 e 10% dos cânceres de mama e de pulmão. Os números levaram os cientistas a considerar o sedentarismo uma pandemia.


Ministério da Saúde tem buscado investir não somente no tratamento de doenças, mas no cuidado de toda a saúde do brasileiro, da prevenção à cura.
O Programa Academia da Saúde, lançado em 2011, incentiva a prática da atividade física e prevê a implantação de 4 mil polos até 2014.
Há, em construção, 1.568 unidades. Todas terão infraestrutura, com equipamentos e profissionais para a orientação nutricional, de práticas corporais e de atividades físicas. Além disso, esses polos funcionam articulados com as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A iniciativa reforça nosso empenho em assegurar a melhoria da qualidade de vida da população, sobretudo a mais vulnerável, ao mesmo tempo em que evita mortes prematuras e reduz custos com medicamentos e internações. A disponibilidade de espaços públicos para exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas.
Pessoas que passaram a se exercitar em projetos semelhantes apresentam melhoras na saúde, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro.
Em três anos, nas academias cariocas, 83% dos frequentadores diminuíram a dosagem do medicamento, 41% a frequência ao dia e 7% não precisam mais ser medicados. Outros fatores que aumentam o risco cardíaco também sofreram drásticas quedas: 88% dos praticantes diminuíram o peso corporal, 62% o IMC e 84% a circunferência abdominal. Outra frente de atuação é com os planos de saúde. Resolução do Ministério da Saúde autoriza descontos para quem pratica atividade física.
O estudo americano também indicou que 80% dos adolescentes são sedentários. Para promover hábitos saudáveis em crianças e jovens, os ministérios da Saúde e da Educação trabalham em parceria para fortalecer o Programa Saúde na Escola, que leva médicos e profissionais das Unidades Básicas de Saúde à rede pública de ensino para aconselhamento nutricional e orientação de saúde. Já foram atendidos 12 milhões de estudantes em 56 mil escolas de 2.495 municípios.
Anualmente, o ministério monitora a saúde do brasileiro. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) revela que 48,5% da população está acima do peso. O percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
No entanto, o estudo também traz a boa notícia da redução da inatividade entre os homens, de 16% para 14,1%, uma redução de 0,7% ao ano.
Para sair da estatística de sedentarismo, não é necessário praticar esporte. Exemplos da vida cotidiana, como estacionar o carro um pouco distante do local a que se destina e finalizar o trajeto a pé, subir pequenos lances de escada ou mesmo brincar com os filhos ou passear com o cachorro ajudam a combater a inatividade. As Academias da Saúde são mais um incentivo para que todos abracem essa ideia.
Alexandre Padilha é ministro da Saúde e presidente do Conselho Nacional de Saúde. 
 
Fonte: Folha de São Paulo




Faça sempre uma atividade física que lhe dê prazer! Caminhar, correr, dançar, andar de bicicleta...movimente-se! Seu corpo e sua mente agradecem! Viva com bem-estar e qualidade de vida.

sábado, 28 de julho de 2012

Teste os seus conhecimentos sobre a HEPATITE C e previna-se!






Em 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais e para marcar a data, as estações de metrô Sé e Brás, em São Paulo, recebem a campanha “Hepatite C. Quebre o silêncio”.
A ação se estende até 3 de agosto e visa incentivar o diagnóstico precoce da doença.

Uma equipe de enfermeiros estará disponível para fazer o teste rápido de detecção da doença. Além disso, os profissionais têm a missão de orientar a população sobre métodos de prevenção e possíveis tratamentos. As pessoas com resultado positivo serão aconselhadas e encaminhadas para consulta com médicos especialistas.

O teste é rápido e em menos de 5 minutos, com apenas um furinho no dedo, a pessoa sabe se está infectada com a Hepatite C ou não. Esse diagnóstico precoce é muito importante, pois os sintomas podem demorar a aparecer e o diagnóstico poderá evitar a transmissão da doença a outras pessoas.

Mas quem tem o teste negativo precisa continuar se prevenindo, fazendo sexo seguro com preservativos, evitando contato com sangue e não compartilhando instrumentos pérfurocortantes como agulhas, alicate de unha, lâmina de barbear, por exemplo.

As hepatites B e C são doenças silenciosas. Vamos romper este silêncio e nos previnir!

Teste seus conhecimentos sobre a HEPATITE C:


1- O que é a hepatite? 
a)Inflamação da vesícula biliar 
b)Inflamação do pâncreas
c)Inflamação do fígado

2- Quantos tipos de hepatites virais existem em nosso país? 
a)7
b)3
c)5 

3- Qual tipo de hepatite é a mais grave? 
a)A
b)C 

4- Qual é principal forma de contágio para pegar a hepatite C? 
a)Pelos alimentos e água contaminados
b)Pelo sangue
c)Pela saliva 

5- Qual o exame que detecta a hepatite C? 
a)Exame de sangue
b)Exame de urina
c)Ultrassom 

6- Pessoas que usam drogas injetáveis ou aspiradas são mais vulneráveis a contrair a hepatite C 
a)Falso
b)Verdadeiro 

7- Que tipos de pacientes não podem ser tratados para a hepatite C? 
a)Idosos
b)Hipertensos 
c)Mulher grávida ou que esteja amamentando 

8- Existe vacina contra a hepatite C? 
a)Não 
b)Sim

9- Quais cuidados devem ter os portadores do vírus C? 
a)Não beijar
b)Não partilhar objetos cortantes (tesoura, alicate de unha) 
c)Deixar ferimentos descobertos 

10- O leite materno transmite o vírus C? 
a)Não
b)Sim

RESPOSTAS: 1-C, 2-C,3-B,4-B, 5-A, 6-B, 7-C, 8-A, 9-B, 10-A






Dois novos medicamentos contra hepatite C serão oferecidos pelo SUS



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou no dia 25 de julho a inclusão de dois novos medicamentos contra hepatite C no Sistema Único de Saúde (SUS): o Telaprevir e o Boceprevir. A ação constitui um passo decisivo para o tratamento da hepatites, possibilitando aos brasileiros o que há de melhor em termos de tratamento destas doenças no país. O objetivo é beneficiar 5,5 mil pacientes, todos os portadores de cirrose e fobrose avançada, que fazem parte do grupo de maior risco de progressão da doença e de morte. Os novos medicamentos devem estar disponíveis no SUS no início de 2013, e fazem parte da classe de inibidores de protease, a mais moderna para combater a doença em todo o mundo. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80% − o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional utilizada atualmente, que associa dois medicamentos, o Interferon Peguilato (injetável) e a Ribavirina (via oral), cujo tratamento tem duração de 48 a 72 semanas. Os novos medicamentos são administrados oralmente, e têm duração de até 48 semanas.
No Brasil, há cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, que é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. Da infecção até a fase da cirrose hepática pode levar em média de 20 a 30 anos, entretanto de forma silenciosa, assintomática.


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